segunda-feira, 5 de maio de 2008

Um dia...

Um dia achei que certas coisas não eram para mim, que a felicidade só poderia ser uma encenação constante que o resto do mundo encenava só para me irritar. Era como se estivesse rolando uma festa secreta e só eu não tinha recebido o convite. Felizmente estava errada, muito errada... A felicidade é possível sim, e o convite, demorou um pouquinho, mas chegou...
Um dia quis o sonho, e ele veio. Mas não veio como eu esperava, veio muito melhor, por que a realidade é melhor, é de verdade... E nesse caso superou o sonho.
Um dia me sentia sozinha mesmo estando no meio de milhares de pessoas, agora só preciso estender um pouco a minha mão e ela logo alcança outra que está sempre ali, me esperando... E a minha mão cabe dentro dela.
Um dia sentia que a tristeza me rondava, e de vez em quando chegava bem perto, hoje acho que ela mudou-se para bem longe, por que por mais que eu procure, não consigo mais vê-la.
Um dia achei que o amor era um jogo com dados viciados, onde para mim só saia o número um, hoje tenho certeza que não existe jogo algum, é pura questão de confiança, de fechar os olhos quando abraçar, de rir de qualquer coisa, de falar sobre tudo e ter horas de não falar nada, do fato de estar junto ter a uma grande urgência... É ter a constante sensação de como se nunca tivéssemos visto o céu, como se o mundo, de uma hora para outra se tornasse um lugar perfeito.
Um dia achei tantas coisas, tive tantas certezas inúteis, mas hoje só quero continuar sentindo sem ter que teorizar nada. Afinal, o que não tem razão de ser é o mais divertido, o que não faz sentido é o que mais faz, e o que parece loucura é o mais verdadeiro.

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